Cansei de ser professor. Agora serei motorista de ônibus, eletricista instalador, desenhista, matemático... (Um "da Vinci" moderno?)
Olá, caro leitor e cara leitora! Como vai?
Este é o primeiro texto para inaugurar o blog Eltônibus. Quando eu pensava em possíveis títulos para meu primeiro artigo no LinkedIn, vieram as seguintes ideias:
Pensei duas, três, quatro,... n vezes antes de escrever este primeiro "artigo-desabafo". Passei mais de um ano ruminando essa hipótese.
Assim decidi: Vou ver o que acontece se eu postar um artigo desse tipo. Peguei umas citações capazes de me inspirar - dá-lhe Winston Churchill - e tomei cuidado com a escrita, li e reli o rascunho no Bloco de Notas, levando em conta o ditado:
Sobre a primeira impressão? É o que fica.
Meu ponto de vista é interessante ou medíocre? Reflexão.
Vou atender as expectativas de um público bem profissional? Humildade.
Isso me afetará? Resiliência e "bola pra frente".
Se terá repercussão positiva, bem!
Se não tiver, Amém!
...
Vamos lá!
Transcrevo abaixo a minha carta de despedida que deixei na escola onde trabalhei cinco meses como professor designado. Quem sabe, o que passei como professor de Matemática em escola pública possa ajudar quem vivenciou uma situação semelhante.
Experimentei e detestei. Ser professor realmente não é minha missão de vida. Apostei no Ensino Superior e quebrei a cara, vendo o descaso que temos pela educação (tanto a "de berço" quanto a "da escola"). Assim, aproveito esse erro como aprendizado e corro atrás do prejuízo: fazer um curso profissionalizante, experimentar o Ensino Técnico, resgatar alguns hobbies e aprimorar o inglês/espanhol (e futuramente o italiano) no Duolingo e no USA Learns...
Continuo discernindo a minha missão de vida, nem que seja atuando como eletricista instalador, motorista de ônibus, desenhista, matemático, ou até engenheiro... Ou os cinco ofícios "juntos e misturados"?What? Versão contemporânea do Leonardo da Vinci?
Que Deus me ajude e Nossa Senhora, São José e São Cristóvão intercedam por mim a Nosso Senhor Jesus Cristo e me protejam nessa nova empreitada.
Findado o queixume, o que você, leitor, leitora, pensa sobre isso? (Puxões de orelha são válidos!)
Obrigado por sua atenção!
Até a próxima(Será que vai ter próxima?),
Este é o primeiro texto para inaugurar o blog Eltônibus. Quando eu pensava em possíveis títulos para meu primeiro artigo no LinkedIn, vieram as seguintes ideias:
- O professor que fracassou ou O primeiro artigo-desabafo-lamúria
- Queixumes de um ex-professor
- Ensino superior é furada! Vou pro técnico!
- Cansei de ser professor. Agora serei eletricista instalador, motorista de ônibus, desenhista, matemático, ou até engenheiro,... (What? Um "da Vinci" moderno?)
- Caindo na real: a docência não é minha vocação
- O professor que virou suco (sugerido por um leitor)
- O que realmente eu gosto de fazer? (sugerido por um leitor)
Pensei duas, três, quatro,... n vezes antes de escrever este primeiro "artigo-desabafo". Passei mais de um ano ruminando essa hipótese.
Assim decidi: Vou ver o que acontece se eu postar um artigo desse tipo. Peguei umas citações capazes de me inspirar
Tome cuidado com o que fala, pois não tem como retornar as balas para os canhões.Já que as palavras são como balas de canhão prontas a destruir um alvo, cogitei mais um pouco:
Sobre a primeira impressão? É o que fica.
Meu ponto de vista é interessante ou medíocre? Reflexão.
Vou atender as expectativas de um público bem profissional? Humildade.
Isso me afetará? Resiliência e "bola pra frente".
Se terá repercussão positiva, bem!
Se não tiver, Amém!
...
Vamos lá!
Transcrevo abaixo a minha carta de despedida que deixei na escola onde trabalhei cinco meses como professor designado. Quem sabe, o que passei como professor de Matemática em escola pública possa ajudar quem vivenciou uma situação semelhante.
Caros alunos e alunas,
"Perdi muito tempo até aprender que não se guardam as palavras. Ou você as fala, ou as escreve ou então elas te sufocam" (Clarice Lispector). Para mim, é difícil falar o que sinto. Então, o que vou escrever agora pode soar como notícia boa para uns e má notícia para outros.
Assim, eu desabafo: NÃO serei mais o professor de vocês. Ensinar crianças e adolescentes a pensar não é minha vocação, porque sou muito apático, ignorante, frio, chato e introvertido; além de encontrar o desinteresse pela Matemática; o abuso de celulares, a falta de ética, valores morais e bons costumes; e a falta de silêncio, de empatia e de respeito como obstáculos para que eu tentasse ser "a ponte" entre vocês e a Matemática. "Ninguém aprende aquilo que não quer, por consequência, nunca será possível ensinar nada para quem não quer aprender" (autor desconhecido). Realmente, essa frase faz sentido.
Peço desculpas às minhas falhas e limitações. Só posso cobrar dos outros as virtudes que tenho. Aos alunos exemplares, continuem perseverando na dedicação, no compromisso e na responsabilidade por seus estudos. Agindo assim, vocês conseguirão o que merecem. Espero que venha um professor (ou uma professora) melhor do que eu, pois não sou digno de ser o professor de vocês. Queria fazer a diferença na vidas das pessoas... Fracassei. E do jeito que vai a Educação no Brasil, em Minas e até aqui em Carrancas, seja o que Deus quiser... Não é questão de desistir, é questão de perceber que não vale mais a pena. Espero que o que escrevei toque a consciência e o coração de cada um.
E quanto a mim, vou me dedicar a outras coisas que gosto. Obrigado por esses cinco meses que trabalhamos juntos.
Fiquem com Deus! A gente se vê por aí...!
Elton Ribeiro da Cruz
Ex-professor de Matemática.
Experimentei e detestei. Ser professor realmente não é minha missão de vida. Apostei no Ensino Superior e quebrei a cara, vendo o descaso que temos pela educação (tanto a "de berço" quanto a "da escola"). Assim, aproveito esse erro como aprendizado e corro atrás do prejuízo: fazer um curso profissionalizante, experimentar o Ensino Técnico, resgatar alguns hobbies e aprimorar o inglês/espanhol (e futuramente o italiano) no Duolingo e no USA Learns...
Continuo discernindo a minha missão de vida, nem que seja atuando como eletricista instalador, motorista de ônibus, desenhista, matemático, ou até engenheiro... Ou os cinco ofícios "juntos e misturados"?
Que Deus me ajude e Nossa Senhora, São José e São Cristóvão intercedam por mim a Nosso Senhor Jesus Cristo e me protejam nessa nova empreitada.
Findado o queixume, o que você, leitor, leitora, pensa sobre isso? (Puxões de orelha são válidos!)
Obrigado por sua atenção!
Até a próxima
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